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3. Educação para a justiça social

Hackman (2005) define que “a educação para a justiça social não examina meramente a diferença ou a diversidade, mas considera com atenção e cuidado os sistemas de poder e privilégio que contribuem para despertar a desigualdade social e encoraja os alunos a examinarem criticamente a opressão a um nível institucional, cultural e individual, na procura de oportunidade para a ação social ao serviço da mudança social” (p.104). 

O autor sugere cinco componentes essenciais da educação para a justiça social:

1. Mestria de conteúdos

Primeiro, para participarem numa mudança social positiva e proativa, os alunos têm de ter acesso a níveis alargados e aprofundados de informação acerca de questões atuais da sociedade (a um nível local, nacional e global), e a uma contextualização histórica dos eventos.

2. Ferramentas para a análise crítica

É necessário, também, que aprendam a examinar criticamente conteúdos e a dialogar de forma efetiva acerca desses conteúdos com outros. 

3. Ferramentas para a mudança social

Para existir um conhecimento aprofundado e um percurso para a ação, é necessária uma consideração cuidadosa e crítica acerca das questões de opressão, poder e privilégio.

3. Ferramentas para a reflexão pessoal

Uma reflexão contínua e crítica acerca do próprio possibilita a criação de um ambiente efetivo de educação para a justiça social. Desta forma, a educação para a justiça social encoraja as crianças a agir, participar, expressar e defender os direitos humanos como parte integrante do exercício diário de cidadania. 

4. Consciência das dinâmicas grupais multiculturais.

Mais ainda, uma efetiva educação para a justiça social reconhece as dinâmicas grupais e explica-as através da construção de identidades sociais e perspetivas multiculturais (Hackman, 2005). 

De um modo geral, a educação para a justiça social permite às crianças aprenderem:

  • Como estamos interconectados;
  • Como desafiar dualismos;
  • Como valorizar as diferenças;
  • Como pensar criticamente acerca do mundo e das comunidades em que vivemos;
  • Como cada um pode contribuir na criação de um mundo com mais justiça, equidade, dignidade e direitos humanos para todos!